quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Uma leitura da Pintura, Tecnologia e Janela Virtual

A Pintura constitui-se de um pensamento que adquire forma através do saber-fazer da tecnologia. Ora se a evolução tecnológica nunca pára, então as investigações plásticas pertencem a esse universo de dinâmicas estruturais constantemente revolucionárias. Por isso é que a Pintura deixou de estar estritamente condicionada ao médium das tintas.

Para além disso, o preconceito da Pintura como restrita a um quadro, a um rectângulo ficou desactualizado, principalmente devido aos média visuais do cinema, televisão e computador. Isto porque, nas duas últimas décadas da cultura ocidental, as imagens virtuais conquistaram o papel de representantes do conhecimento. Assim sendo, pode-se dizer que a determinada estrutura sociocultural no espaço e tempo corresponde um determinado modo de ver, modo de ser e modo de fazer.

Com novos instrumentos e novos conhecimentos surgem novos conceitos que tentam solucionar a contemporaneidade, pelo que à antiga janela aberta de Alberti foi introduzida uma nova Janela Virtual, um novo sistema visual. Em consequência, também surge um nova disposição de presença do observador.


Referências bibliográficas:

Programa de Meios Transversais da Pintura, de Prof. Ilídio Salteiro. Ano letivo de 2012-13.
Friedberg, Anne. The virtual window : from Alberti to Microsoft, Massachusetts : The MIT Press, 2006.

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