domingo, 20 de janeiro de 2013

Uma opinião contra as práticas de direitos de autor de hoje

Direitos de autor e as editoras:

"Por exemplo, o próprio Dickens ganhava mais dinheiro a fazer as suas famosas “leituras” (que eram espectáculos em que ele lia excertos das suas obras num palco) do que a receber royalties pelos livros que as suas editoras vendiam (...) 

A teoria por trás deste argumento é que hoje em dia, um artista — por exemplo, um designer gráfico — ganha muito mais dinheiro a vender uma imagem (ou objecto 3D) feita por encomenda para um cliente específico, ao qual cede todos os direitos, do que estar a publicar álbuns com imagens e ganhar uns tostões de royalties por cada imagem vendida."


"quero um sistema que permita os artistas (todos os artistas, não apenas uma elite) serem remunerados pelo seu trabalho de forma justa. O sistema de propriedade intelectual que temos não é perfeito (beneficia bem mais os distribuidores, os lojistas, e os advogados do que propriamente o autor), mas é a melhor solução que se encontrou até agora. Pode, evidentemente, ser melhorado."

"Por exemplo, acho legítimo que uma editora com a Caminho tenha o direito de explorar comercialmente os livros do Saramago em exclusivo durante os primeiros 10 anos, pagando-lhe os direitos respectivos; especialmente para um autor novo, que tem de ser lançado e publicitado, é necessário um enorme investimento promocional durante o início. Depois desses 10 anos, já houve lucro q.b. para todas as partes (até é um incentivo ao artista para continuar a criar coisas novas), e só faz sentido que a propriedade intelectual passasse então a fazer parte do espólio da humanidade"

Retirado de Luís Miguel Sequeira

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