quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Painted shapes and shaped paintings


Museu Coleção Berardo - até 06/01/2013


A QUEBRA DO RECTÂNGULO DO QUADRO (...) é a vontade de dar uma dimensão ilimitada à obra, dimensão infinita. Essa quebra, longe de ser algo superficial, quebra da forma geométrica em si, é uma transformação estrutural; a obra passa a se fazer no espaço, mantendo a coerência interna de seus elementos, organímicos em sua relação, sinais para si. O espaço já existe latente e a obra nasce temporalmente. A síntese é espaciotemporal."
4 de setembro de 1960.

FIM DO QUADRO
"Já não tenho dúvidas que a era do fim quadro está definitivamente inaugurada. Para mim a dialética que envolve o problema da pintura avançou, juntamente com as experiências (as obras), no sentido da transformada pintura-quadro em outra coisa (para mim o não-objeto), que já não é mais possível aceitar o desenvolvimento «dentro do quadro», o quadro já se saturou. Longe de ser a «morte da pintura», é a sua salvação, pois a morte mesmo seria a continuação do quadro como tal, e como «suporte» da «pintura»."
Hélio Oiticica. Aspiro ao grande labirinto, Rio de Janeiro: Rocco, 1986, pp. 26-27, Trecho de texto escrito a 16 de fevereiro de 1961.

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Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, Brasil,1937-980)

1947/1950 - Washington (Estados Unidos) - Freqüenta a Thompson School
1954 - Estuda pintura com Ivan Serpa (1923 - 1973) no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ;

1969 - Brighton (Inglaterra) - É artista residente na Sussex University
1970 - Nova York (Estados Unidos) - Bolsa de estudo da Fundação Guggenheim 

1981 - Rio de Janeiro RJ - Criado o Projeto Hélio Oiticica, destinado a preservar a obra do artista;
1996 - Rio de Janeiro RJ - Fundado o Centro de Artes Hélio Oiticica, pela Secretaria Municipal de Cultura
biografia e exposições completas: http://www.artenet.com.br/Helio-Oiticica.asp

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